domingo, 2 de novembro de 2008

APEOESP

APEOESP – VITÓRIA NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
A vitória da CNTE/APEOESP na defesa da Lei 11.301/06 e pela modificação da Súmula 726 é, mais uma vez, o restabelecimento do “estado de direito”, ou seja: O “estado mínimo” criado pelo PSDB/DEMO na época do F.H.C. prejudicou dezenas de milhares de professores ao aumentar cinco anos para fins de aposentadoria para os especialistas foi derrotada no S.T.F.
A legislação antes de F.H.C. previa que o “magistério” se enquadrava como “aposentadoria especial”, com 25 e 30 anos, respectivamente, para Professoras e Especialistas.
A Súmula 726 prejudicou os Professores que assumiram a Direção de Escola, bem como outras funções de “Especialistas”.
Em 2006 foi vitorioso o trabalho da CNTE/APEOESP com a aprovação da Lei Federal 11.301. Por outro lado governadores do PSDB pediram a inconstitucionalidade da lei para frustração de muitos companheiros que, por força da situação, haviam assumido a direção da Escola ou outras funções pedagógicas.
Muitos companheiros foram obrigados a trabalhar mais cinco anos para obter a sonhada aposentadoria. Agora...Quem vai pagar pela maldade do PSDB/DEMO? Foram cinco anos de trabalho a mais por capricho dos algozes do “magistério”!
A APEOESP defende os direitos dos companheiros. Até o momento ganhamos dezenas de milhares de ações jurídicas contra a maldade dos governos do PSDB/DEMO. Nosso jurídico estudará as bases para ações, no sentido de compensar o período que trabalharam além do previsto pelo Estatuto do Magistério (Lei 444).
Por que o “Magistério” e o “Funcionalismo” fazem campanhas contra o PSDB/DEMO? Só não vê...Quem não quer...
A política do “estado mínimo” prejudica o funcionalismo, os trabalhadores, bem como os interesses do país.
Vamos exigir que, rapidamente, o Estado de São Paulo cumpra as modificações da súmula 726. (O trabalho será muito difícil, tendo em vista que o PSDB/DEMO, não cumpre a Constituição Federal quando se trata dos direitos do “funcionalismo”).
O INSS cumpre a Lei 11.301/06 desde a sua aprovação (Governo Federal).
A APEOESP continuará seu trabalho na defesa do “Magistério Estadual”.
Prof Juvenal de Aguiar – Diretor Estadual.

sábado, 14 de junho de 2008

quarta-feira, 7 de maio de 2008

JOGRAL – 40 ANOS DO 1º DE MAIO DE 1968, NA SÉ.

Este jogral foi apresentado na Praça da Sé – S. Paulo, no dia 1º de Maio, trazendo à memória a primeira manifestação coletiva da Classe Operária nos tempos da ditadura, no ano de 1968.



JOGRAL – 40 ANOS DO 1º DE MAIO DE 1968, NA SÉ.


Wal. No inicio da década de 60, a classe operária brasileira desencadeou muitas lutas por conquistas de novos direitos trabalhistas e pela reposição salarial, em face da inflação que corria solta, degenerando o poder de compra dos trabalhadores.

(entra em cena o “banner” sobre o 13º salário, permanece)

Liz - Assim, por exemplo, em 1962 uma grande greve foi deflagrada em São Paulo, reunindo centenas de milhares de operários. Reivindicavam que o Abono Natalino, que algumas categorias já tinham conquistado, se transformasse no 13º salário, extensivo a toda a Classe Operária do Brasil.

Wal – A polícia interveio. Mais de três mil operários foram presos, levados para o antigo presídio do Hipódromo, onde ficaram por três dias. Porém, em 1963 o governo Jango e o Congresso Nacional cederam à pressão e o 13º salário tornou-se Lei Nacional.

Liz – Muitas outras conquistas, embora pequenas, foram obtidas. E isso não agradou a burguesia nacional e internacional. Em 1964, o Presidente da República, Jango Goulart, COM O APOIO DOS TRABALHADORES, apresentou seu plano de Reformas de Base, que incluía a Reforma Agrária, a Reforma tributária, a Reforma Urbana, entre outras. Todas de interesse popular.

(entra o “banner” sobre o golpe militar e intervenção. )

Wal- O Plano de Reformas desagradou a burguesia que apoiou o golpe militar. A ditadura militar foi implantada no Brasil. A partir desse momento, sindicatos foram fechados temporariamente, direções sindicais cassadas e em seu lugar nomeados interventores. E os interventores passaram a transformar os sindicatos em órgão de assistência social com ambulatório médico, cooperativas de consumo e da casa própria, colônias de férias.

(Entra o “banner” sobre o Arrocho salarial. Permanece)

Liz – Os militares passaram a governar através dos “decretos-lei”, normas que vinham de cima para baixo. Com isso, vários desses decretos-lei foram editados para arrochar os salários, impor o fim da estabilidade no emprego, entre outras medidas contra os direitos da classe operária.

Wal - No ano de 1967, duas chapas de Oposição Sindical foram constituídas nos sindicatos metalúrgicos: uma para disputar as eleições no sindicato de São Paulo e a outra na cidade de Osasco. Enquanto a Oposição era derrotada em São Paulo, por um processo fraudulento, a de Osasco saiu vitoriosa, pois tinha como base a Comissão de Fábrica da Cobrasma, criada em 1963.

Liz – A nova diretoria de Osasco, unida aos grupos de oposição que se formavam nas cidades da Grande São Paulo, iniciaram uma campanha contra o arrocho. Isto fez com os pelegos também arregaçassem as mangas e entrassem na mesma luta. Pelo menos nas palavras.

Wal- Foi então formado o MIA (Movimento Intersindical Anti-Arrocho). O seu momento mais forte foi a organização das comemorações do 1º de MAIO do ano de 1968. Esse 1º de MAIO se realizou na Praça da Sé, que ficou abarrotada de trabalhadores, milhares vindos das cidades próximas da capital paulista.

(entra a faixa sobre o arrocho salarial.Permanece)

Liz – Mas, para surpresa dos trabalhadores, os pelegos, comandados pelo Joaquinzão, chamaram para palanque o governador biônico (que fora nomeado pelos militares), o Roberto De Abreu Sodré. A presença de um representante da ditadura enfureceu os trabalhadores que iniciaram vaias e passaram a arremessar objetos sobre os presentes no palanque.

Wal - Um desses objetos atingiu a testa do governador biônico, impedido pela massa presente de usar o microfone. Numa atitude grotesca, tanto o governador quanto os pelegos ali presentes, tiveram que deixar o palanque andando de gatinhos. Foram então, conduzidos para a sede do Sindicato dos Metalúrgicos.

Liz- Os trabalhadores, ainda insatisfeitos com essa expulsão, derrubaram e atearam fogo ao palanque. Em seguida, coordenados pelas oposições, e tendo à frente a direção do Sindicato de Osasco, saíram em caminhada pelas ruas da cidade, bradando suas palavras de ordem contra o arrocho e contra a ditadura militar.

Wal – Os jornais do dia 2 de maio de 1968 não tiveram como esconder o fato, que saiu estampado em letras garrafais em primeira pagina, com ampla reportagem nas páginas internas.

Liz – O dia 1º DE MAIO DE 1968 deve ficar como a marca dos primeiros movimentos de enfrentamento coletivo com o poderio militar implantado no Brasil, com patrocínio do Império dos Estados Unidos, chamado à época de Imperialismo Americano.

Wal- Ainda naquele ano de 1968, greves eclodiram em várias cidades do Brasil. As mais conhecidas foram as de Contagem, em Belo Horizonte e a de Osasco. A repressão não teve dúvidas e entrou com toda sua força para desalojar os trabalhadores que haviam ocupado empresa,. O governo militar decretou nova intervenção no sindicato, prendeu vários dos seus diretores e cassou toda sua diretoria.

Liz- A repressão se ampliou, o AI-5 foi decretado, silenciando temporariamente a classe operária, o conjunto dos trabalhadores e as vozes livres do povo brasileiro.

Wal – Apagaram o fogaréu, mas NÃO conseguiram liquidar com a brasa das lutas operárias e camponesas. Os trabalhos clandestinos dentro das fábricas se intensificaram, a classe descobriu novas formas de luta e, depois de 10 longos anos, o movimento operário retomou suas lutas.

Liz - Porém, a verdadeira DEMOCRACIA OPERÁRIA ainda não foi instalada. Parte das direções do movimento dos trabalhadores se vendeu ao capital;

Wal- Centrais organizam shows pelo 1º de Maio, pagos pelas grandes empresas capitalistas, e com isto procuram fazer com que o dia 1º de Maio não seja mais um dia de homenagem aos nossos mártires, nem mesmo o DIA DE COMPROMISSO COM AS LUTAS de toda a classe trabalhadora.

Liz- O novo peleguismo tenta impedir que a consciência crítica dos trabalhadores se desenvolva e, com isto, tentam impedir que os trabalhadores se confrontem com o aumento da exploração e dominação capitalista.

(Entra a faixa sobre a retomada das lutas e percorre o palco)

Wal- Companheiras e companheiros, o 1º de MAIO de 1886, assim como o 1º de maio de 1968 não podem ser esquecidos, pois, A NOSSA LUTA NÃO PODE PARAR!

Liz : VIVA À CLASSE OPERÁRIA!

Wal: VIVA TODA A CLASSE TRABALHADORA!

Juntos: VIVA O PRIMEIRO DE MAIO CLASSITA!